Nas duas pesquisas de hoje, Álvaro Dias, que inicialmente foi apontado com o candidato presidencial que mais se identificava com o desejo de renovação na política, está com 2% na pesquisa FSB/Pactual, superado por João Amoêdo (4%) e 1,9% na CNT/MDA, onde também parde para Amoêdo (2,8%).
O que aconteceu com o marketing de Álvaro, que parecia fadado a uma expressiva performance na campanha presidencial, plasmada no discurso anti-corrupção e que chegou a convidar publicamente o juiz Sergio Moro para seu ministro da Justiça?
Com campanha franciscana e contando apenas com os fundo eleitoral do Podemos, o candidato está sendo engolido por fenômenos diversos como o conformismo da sociedade brasileira, que mostra ainda não querer saber de mudanças estruturais na politica. Ser contra a corrupção, está a se ver, não basta.
Álvaro não é populista e está imprensado entre os polos de radicalismo ideológico: a extrema-direita de Bolsonaro e o petismo de Haddad. Seu eleitorado – chegou aos 5% de intenção de votos, em seu melhor momento – foge pelo ralo para Amoêdo, Alckmin e até Bolsonaro.
Sua única alegria será eleger Bruno Covas senador por São Paulo.
Em suma: a pregação ética e moralista de Álvaro Dias fica para 2022. O discurso do senador pelo Paraná é o Brasil adiado.