Bastou que o governador eleito João Doria recebesse em São Paulo seus colegas do Rio, Distrito Federal e Rio Grande do Sul, para ´que as antenas do “bunker” de Jair Bolsonaro na Barra da Tijuca captasse os sinais de perigo.
Ou seja: o nascente governo federal perder as rédeas da iniciativa política junto aos governadores para Doria.
O recém-eleito e ambicioso governador paulista já tratava de organizar uma frente federativa para atuar sob sua coordenação direta e marcando reunião entre alguns deles – os mais poderosos – em Brasilia, nesta quarta.
Foi quando o “bunker” reagiu e se antecipou. Bolsonaro quer um encontro com governadores eleitos e reeleitos imediatamente após sua posse em janeiro. Ou mesmo antes.
Por trás, o pano de fundo da sucessão presidencial de 2022, que, por incrível que possa parecer, já está em jogo.