Houve um golpe de mão contra o Brasil, que queria levar trazer Cesare Battisti aqui e daqui extraditá-lo á Itália.
Pelo menos essa era a intenção anunciada pelo general Augusto Heleno ao deixar a reunião no Palácio da Alvorada com o presidente Bolsonaro e o ministro Sergio Moro.
O governo italiano falou mais alto e enfático, bateu na mesa e fez prevalecer sua vontade, Vai levar Battisti da Bolívia direto à Itália. A sofreguidão italiana era maior e se fez questão de honra para o Palácio Quirinal.
Terá tido a Itália receio de que, na escala no Brasil, poderia haver intervenção do Supremo Tribunal Federal e impedir a entrega?
Bolsonaro, entretanto, logrou uma vitória pessoal no episódio. O governo italiano o homenageou como grande arquiteto da prisão do terrorista, “um assassino, não um escritor ou ideólogo” como deixou claro o primeiro-ministro.
Às vezes, se ganha na aparente derrota.