Os dois homens fortes do governo Bolsonaro – Paulo Guedes e Sergio Moro – deixaram Davos com a sensação de que não podem vacilar um só momento porque forças resistentes a aceitar seus propósitos (pelos quais aceitaram vir para Brasilia) os estão impedindo.
Guedes: a Reforma da Previdência, para sua contrariedade, anda a passos de tartaruga. Terá que aguardar a definição das mesas do Congresso. Onyx mencionou a “transição suave” da reforma, quando ele queria um choque bruto, exigido pelo mercado (mais o mundial que o doméstico demais, existe a questão dos militares estarem dentro ou fora da reforma.)
Moro: duas medidas na sua ausência foram torpedos contrários: (1) a do Banco Central – ainda uma intenção, submetida a consulta pública – de expurgar do monitoramento do COAF parentes de políticos suspeitos de operações financeiras ilícitas; e (2)a o decreto assinado por Mourão que amplia os responsáveis pelo selo do sigilo de documentos protegidos pelo Estado.
O que farão Guedes e Moro?
Quem desempata? Bolsonaro?