Nenhum parlamentar ligado ao PSL ou a partido próximo ao governo tomou a iniciativa de debelar a crise entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Gustavo Bebianno. Todos assistiam de arquibancada como a dizer: “Isto não é comigo”.
“Como não é comigo?” – pareceu afirmar a deputada Joyce Hasselmann antes de se por em marcha até o Palácio da Alvorada.
Chegou, se anunciou, entrou e se integrou ao ao bloco de 3 ministros – Onyx Lorenzoni, Augusto Heleno e Santos Cruz – que tentavam debalde convencer Bolsonaro a não assinar o ato que já estava próprio à sua frente de exonerar Bebianno.
Com ela, não eram mais os rapapés típicos os de um ministro diante de um presidente Ela fala mesmo de alfo e bom som o que lhe acha certo. Assim foi eleita como deputada federal por SP mais votada da história do país. É jornalista, escritora e comentarista de política.
O resultado é que Bolsonaro cedeu após 4 horas de intenso debate, do qual Joyce saiu como a mais eficiente bombeira do Congresso Nacional, uma bombeira aliás de temperamento explosivo.