Ela é naturalmente tímida. Não agride. Quer ganhar pelo convencimento em tom macio, delicado. Parece viver em outra época e lugar que não o rude Senado, onde caneladas são dadas à guisa de negociação. Mas é firme como uma rocha granítica de Três Lagoas, sua cidade natal em Mato Grosso.
Não obstante esse estilo macio, e de ser de primeiro mandato., Simone Tebet termina a semana como mais forte concorrente à presidência do Senado. Seu maior adversário é Renan Calheiros, diante de quem os senadores mantêm um pé atrás.
Ao contrário dele, Simone exibe ficha limpa e capacidade de agregar que a levou a ser líder da bancada do MDB.
Se prevalecer a tradição de que a bancada do partido majoritário na casa indica o candidato à Presidência do Senado que é geralmente aprovado por voto em plenário, será ela, a líder, a eleita. Romero Jucá e Edison Lobão – outros que poderia, se apresentar – foram varridos pelas eleições.
Outro fator que a ajuda é o requerimento do senador Dario Bergher para tornar a eleição aberta não secreta, para o qual lá arrecadou até o dia de hoje 4O assinaturas.